Depois do polémico disco de estreia Born To Die, a artista apresenta-nos hoje, dia 16 de junho, o sucessor Ultraviolence.
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Lana Del Rey Ultraviolence Jun 16, 2014 |
Ao contrário do que se espera, Lana Del Rey rejeita o título de feminista. Mas é inegável a sua ligação às artes dramáticas e a forma como alia a sua voz particular com componentes visuais - elementos que se notam, especialmente, nos seus videoclips que mais parecem excertos do cinema dos anos 50 e 60.
Lana descreve-o como "muito forte e intenso. É incrivelmente bonito - mais obscuro que o primeiro".
Com um título polémico, Ultraviolence, que viaja entre problemáticas amorosas, depressões sobre a vida e a própria obscuridade do ser humano, é um disco versátil e conciso que brinca com as múltiplas personalidades do alter-ego de Elizabeth Grant.
Este disco é um upgrade do que a Lana Del Rey nos mostrou há dois anos e mostra porque rejeita todos os títulos do "music-industry hype" que deambula entre o dramatismo e a escuridão à qual a artista já nos habituou, com proximidades mais contemporâneas sem deixar de explorar o mundo do jazz, R&B e do seu característico pop.
No geral, Ultraviolence consegue transmitir uma viagem no tempo, fortalecidos por um alter-ego negro e obscuro e a sua luta interior, marcada pela vida, pelo amor e angústia - bem salientados pela dureza da sua voz e escuridão dos instrumentos - que nos envolve numa atmosfera confortável mas eficaz.
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