FYMS: São constantes as comparações com bandas como Beirut ou Mumford & Sons. Como é que vocês se definem?
Nós não temos uma definição exacta, neste trabalho explorámos mais os ambientes acústicos que o folk tem para oferecer, tentando sempre dar-lhe um cunho BWO. Portanto neste sentido acho que a categoria de folk acaba por ser uma das nossas definições, talvez a mais próxima e abrangente.
FYMS: Como é gerir as ideias e composições de oito músicos?
O nosso processo criativo, apesar do que se possa pensar, é bastante fluído e unânime. A base é trabalhada em casa pelo Miguel, que depois, juntamente com os restantes, se encarregam de compor os arranjos que vestem os temas.
FYMS: Em 2012, tiveram oportunidade de actuar no “Hard Rock Calling”, em Londres. Vêem a experiência como a vossa “rampa de lançamento”?
O Hard Rock Calling foi sobretudo uma experiência de enriquecimento pessoal, mais do que para a banda em si. O trabalho não nos foi facilitado daí para a frente, mas foi sem dúvida um momento marcante para todos.
FYMS: Já actuaram em festivais como Paredes de Coura e Optimus Alive (agora, NOS Alive). Como é a reacção das pessoas à vossa música?
Todos os festivais têm públicos diferentes. Apesar disso devo dizer que em todos os festivais onde tocámos fomos sempre extremamente acarinhados pelo público. Sentimos que a nossa música é bastante transversal nesse sentido.
FYMS: A internacionalização da banda é um objectivo para vocês?
A internacionalização é sem dúvida um objectivo presente nas nossas ambições futuras. Acreditamos que temos capacidade para isso, agora falta estruturas que o permitam.
FYMS: “Cornerstone” é o nome escolhido para o vosso primeiro disco. Falem-nos um pouco sobre a história por trás do álbum...
O álbum no fundo é um apanhado da nossa génese como banda. É um cigarro de enrolar sem filtro, ou seja, os primeiros dez temas a serem escritos foram os que entraram no disco. E é nessa ingenuidade que reside a grande força deste trabalho.
FYMS: O vosso disco de estreia tem o selo da Antena 3. Consideram que este tipo de apoios são importantes para o desenvolvimento das bandas?
Sem dúvida, a Antena 3 e sua excelente equipa fazem muito pelas novas bandas deste país. Cantem elas em inglês, português ou chinês. Temos muita gratidão por iniciativas desse género.
FYMS: A masterização teve mão de Frank Arkwright, dos Abbey Road Studios. Como surge a hipótese de terem o vosso trabalho associado a um estúdio, que preenche o imaginário de qualquer músico?
Foi uma
questão de marcar hora.
FYMS: Quais são as vossas principais expectativas para este primeiro disco?
A nossa
maior expectativa é chegar ao maior número de pessoas possível. Divulgar o
nosso trabalho para que com isso tenhamos meios para trabalhar em próximos
discos.
FYMS: O vosso disco está disponível vários formatos, incluindo em streaming no Spotify. Como vêem a utilização deste tipo de plataformas na vossa música?
Acho importante pela abrangência que nos confere.
FYMS: O que acham da música Portuguesa?
A música em
Portugal tem vindo a evoluir bastante no panorama indie.
Vão surgindo
projectos muito interessantes.
FYMS: Quais são os próximos passos?
Divulgação.
FYMS: Perguntas da praxe:
a) Um dia... dois dias, três dias...
b) O melhor que podem dizer sobre nós... a vossa música mudou a minha vida.
c) O pior que podem dizer sobre nós... que comparações com Mumford e Beirut são inevitáveis.
d) Daqui a 10 anos... vamos ser mais velhos.
FYMS: O que diriam aos leitores do FYMS?
Obrigado por lerem. Esperamos ver-vos em breve.
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