Vistos como uma das maiores promessas da música Portuguesa dos últimos anos, os Ermo são compostos por António Costa e Bernardo Barbosa cujo trabalho é motivado pela vontade de fazerem música única, desenvolvendo um som muito particular - fortemente influenciados pela música feita em Portugal e por música mais moderna.
Com um EP em 2012 e um disco Vem Por Aqui - lançado em Novembro de 2013 -, acrescentando um novo EP Amor vezes quatro que vem a caminho, o projecto conversou connosco sobre a música em Portugal, as suas influências e o seu futuro.
Lê a entrevista na íntegra abaixo.
FYMS: Numa altura em que Portugal não vive os seus melhores tempos, Vem por aqui fala do nosso país. Traduzem nas vossas canções o carinho que sentem por Portugal e de certa forma a vossa opinião sobre a situação em que vivemos?
Completamente. É de resto um pouco essa a ideia; um retrato de Portugal que vise não só uma posição realista – ou seja, de fora, analítica numa certa medida – mas também uma posição mais pessoal, a declaração de um ponto de vista próprio.
FYMS: Em que medida é que a historicidade de Braga e o seu ambiente influenciaram os sons e músicas que vocês produzem?
Enquanto habitantes de Braga não podíamos deixar de nos sentir afectados, na hora de compor música, por aquilo que a cidade representa. E penso que é possível subtrair daquilo que fazemos um pouco da mística que por cá existe.
FYMS: Em 2012 foram apontados como das maiores promessas musicais para 2013 pela TimeOut.
2013 marcou o lançamento do “Vem por aqui” e alguns concertos em Portugal e no estrangeiro. Como está a correr esta aventura? Com tem sido a aceitação em Portugal e lá fora?
Tem corrido muito bem! O álbum foi bem recebido e é um trabalho com o qual estamos muito satisfeitos; os concertos e as opiniões de quem nos vê parecem confirmar que também ao vivo existe uma boa resposta por parte do público. Quanto aos concertos lá fora (durante a tour internacional de Dezembro e também na Galiza, pouco depois disso) podemos apenas dizer que fomos surpreendidos pelo quão bem as pessoas parecem ter recebido a mensagem da nossa música, mesmo não compreendendo o português.
FYMS: Como vêm a música portuguesa hoje em dia? Sentem que projetos de apoio e divulgação como a Optimus Discos são fundamentais para a evolução da nossa música?
A música portuguesa segue hoje em dia um bom rumo, e especialmente cresce em número de criadores (algo que também se torna possível devido ao carácter peculiar dos tempos que vivemos). Os apoios consistiram sempre num dos critérios de sobrevivência de qualquer artista, pelo que apenas podemos louvar (enquanto produtores e consumidores) todas as ajudas que contribuem para que continue a existir uma cena musical sólida no nosso país. Obviamente, continua a ser muito difícil manter um projecto artístico de qualquer espécie num país que, apesar de tudo, ainda se mostra muito vedado à cultura; é necessário começar a compreender esta enquanto uma prioridade (mesmo política e económica) para que qualquer coisa mude substancialmente.
FYMS: Começaram este ano com uma alguns concertos em Inglaterra e França. Quais são os planos para 2014?
Em 2014 pretendemos continuar a tocar; não dizemos que não a um regresso ao estrangeiro, embora para já esse não seja um dos pontos principais da nossa agenda. Queremos também lançar um EP, que já se encontra totalmente composto e que se chamará Amor vezes quatro, e acerca do qual teremos certamente notícias num futuro próximo.
FYMS: A vossa sonoridade junta sons e vozes que à partida não imaginaríamos juntos. Podemos esperar mais “surpresas” no futuro?
O conceito de surpresa subentende imediatamente algo de inesperado, do qual não se está à espera. Penso que deste projecto podem esperar a continuação de muito trabalho, e principalmente um contributo sempre sincero; vamos continuar a fazer aquilo que acharmos melhor e aquilo que considerarmos mais interessante. Nada nos dará mais prazer do que sentir a curiosidade dos outros no que toca ao nosso projecto.
FYMS: Perguntas da Praxe:
a) Um dia...
editamos o nosso EP, talvez em Setembro mas definitivamente antes do final deste ano.
b) O melhor que podem dizer sobre mim...
é a verdade. O comentário sincero é o único que interessa.
c) O pior que podem dizer sobre mim...
é nada. Todas as críticas, desde que fundamentadas, possuem o seu valor; em todo o tipo de modelo artístico o silêncio é o pior tipo de insulto.
d) Daqui a 10 anos...
esperamos que a nossa música continue a ser do interesse de quem nos ouve.
FYMS: O que diriam aos leitores do FYMS?
Para que descubram a nossa música, se ainda não a conhecem, e para que caso gostem do que fazemos continuem atentos às nossas novidades e também ao que de novo aparece aqui no site!
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05/04/2014
07/11/2013
Ermo, Correspondência
Ermo is a Portuguese project, who met the stages in 2012.
This band, composed by António Costa and Bernardo Barbosa, is motivated by the will to make unique music, developing a very iconic sound, mixing Portuguese tradicional music and its brave history with modern electronic beats influenced by their hometown, Braga.
Last year, after a very good and acclaimed EP, Portuguese media announced them as one of the biggest promises for 2013.
Next November 25, they are releasing their debut album Vem por Aqui, through Optimus Discos.
Correspondência is the first single taken from the record.
It's a love song that doesn't talk, necessarily, about love but it is a representation of a letter to a country, showing a devotion and love for everything that it represents.
Symbolising a ruined country but, at the same time, this song seems like an apology, a light of hope.
A project to be followed.
This band, composed by António Costa and Bernardo Barbosa, is motivated by the will to make unique music, developing a very iconic sound, mixing Portuguese tradicional music and its brave history with modern electronic beats influenced by their hometown, Braga.
Last year, after a very good and acclaimed EP, Portuguese media announced them as one of the biggest promises for 2013.
Next November 25, they are releasing their debut album Vem por Aqui, through Optimus Discos.
Correspondência is the first single taken from the record.
It's a love song that doesn't talk, necessarily, about love but it is a representation of a letter to a country, showing a devotion and love for everything that it represents.
Symbolising a ruined country but, at the same time, this song seems like an apology, a light of hope.
A project to be followed.
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